CARTA ABERTA À POPULAÇÃO SANTISTA.
O MOVIMENTO TEATRAL DA BAIXADA
SANTISTA vem a público informar o resultado da VII Conferência de Cultura do
Conselho Municipal de Cultura de Santos.
O Estatuto do Conselho exige a paridade das cadeiras sendo 11 para
representantes do governo e 11 para representantes da sociedade civil que
tenham atividades em algum segmento artístico.
Um impasse foi criado na pré-
conferência de dança quando uma funcionária pública concursada se candidatou à
cadeira pertencente à sociedade civil, levando outras pessoas para que pudessem
elegê-la. Tal ação foi questionada por ser ilegal ou pelo menos amoral, pois a
mesma omitia ser funcionária pública. Mesmo diante do impasse, o presidente da
mesa levou a pré – conferência adiante e elegeu a funcionária a conselheira de
dança.
Na VII Conferência realizada no
sábado, dia 28, no prédio da Prodesan, alguns conselheiros e delegados fizeram
uma moção de repudio à homologação da conselheira de Cultura do segmento da
dança por ser funcionária pública, pedindo tempo para que um parecer jurídico
da sociedade civil fosse feito, tentando levar a homologação para o dia 13 de
abril. O presidente do Conselho colocou em votação se haveria a homologação ou
não.
O Conselheiro eleito pela
sociedade civil para a cadeira da música e filiado ao Partido dos
Trabalhadores, Danilo Nunes, pediu a palavra e argumentou que a não homologação
iria ser para todas as pré conferências e que anularia a eleição dos outros
conselheiros, o que causou confusão entre os presentes.
O conselheiro eleito pela
sociedade civil para a cadeira de teatro, Caio Martinez, tentou desmentir o
conselheiro Danilo Nunes, mas foi impedido pelo conselheiro da sociedade civil
para a cadeira de Artesanato Cleofaz Hernandes que disse que o impedimento
deveria ter acontecido na pré-conferência, dificultando ainda mais o
entendimento dos outros conselheiros e delegados. O presidente aproveitando do
imbróglio colocou em votação e a homologação venceu por 14 votos a 10.
É lamentável que dois
conselheiros eleitos pela sociedade civil votem a favor da permanência de uma
funcionária pública na cadeira que pertence à classe que os elegeram, sabendo
que essa desvantagem implicará em outras ações que poderão prejudicar os
interesses da sociedade civil.
Ao ser questionado, o conselheiro
Danilo Nunes ainda coloca os interesses pessoais em detrimento dos interesses
da sociedade que o elegeu dizendo que o Movimento Teatral vai ter que articular
com ele e aceitar a sua pré candidatura a vereança pelo Partido dos
Trabalhadores, caso contrário, irá votar sempre contra as propostas do
Movimento Teatral e portanto contra a sociedade civil.
O Movimento Teatral da Baixada
Santista afirma ser apartidário e luta pelas políticas públicas de cultura de
interesse da sociedade civil, dos artistas e produtores locais. Não vamos nos
render a chantagens e políticas sujas e lamentamos que interesses pessoais e a
desvantagem nas cadeiras já estejam pautando o Conselho de Cultura de Santos,
justamente no biênio em que será criado o Plano Municipal de Cultura para os
próximos 10 anos.
Movimento Teatral da Baixada
Santista.
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