quarta-feira, 8 de abril de 2015

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO SANTISTA

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO SANTISTA.
O MOVIMENTO TEATRAL DA BAIXADA SANTISTA vem a público informar o resultado da VII Conferência de Cultura do Conselho Municipal de Cultura de Santos.  O Estatuto do Conselho exige a paridade das cadeiras sendo 11 para representantes do governo e 11 para representantes da sociedade civil que tenham atividades em algum segmento artístico.
Um impasse foi criado na pré- conferência de dança quando uma funcionária pública concursada se candidatou à cadeira pertencente à sociedade civil, levando outras pessoas para que pudessem elegê-la. Tal ação foi questionada por ser ilegal ou pelo menos amoral, pois a mesma omitia ser funcionária pública. Mesmo diante do impasse, o presidente da mesa levou a pré – conferência adiante e elegeu a funcionária a conselheira de dança.
Na VII Conferência realizada no sábado, dia 28, no prédio da Prodesan, alguns conselheiros e delegados fizeram uma moção de repudio à homologação da conselheira de Cultura do segmento da dança por ser funcionária pública, pedindo tempo para que um parecer jurídico da sociedade civil fosse feito, tentando levar a homologação para o dia 13 de abril. O presidente do Conselho colocou em votação se haveria a homologação ou não.
O Conselheiro eleito pela sociedade civil para a cadeira da música e filiado ao Partido dos Trabalhadores, Danilo Nunes, pediu a palavra e argumentou que a não homologação iria ser para todas as pré conferências e que anularia a eleição dos outros conselheiros, o que causou confusão entre os presentes.
O conselheiro eleito pela sociedade civil para a cadeira de teatro, Caio Martinez, tentou desmentir o conselheiro Danilo Nunes, mas foi impedido pelo conselheiro da sociedade civil para a cadeira de Artesanato Cleofaz Hernandes que disse que o impedimento deveria ter acontecido na pré-conferência, dificultando ainda mais o entendimento dos outros conselheiros e delegados. O presidente aproveitando do imbróglio colocou em votação e a homologação venceu por 14 votos a 10.
É lamentável que dois conselheiros eleitos pela sociedade civil votem a favor da permanência de uma funcionária pública na cadeira que pertence à classe que os elegeram, sabendo que essa desvantagem implicará em outras ações que poderão prejudicar os interesses da sociedade civil.
Ao ser questionado, o conselheiro Danilo Nunes ainda coloca os interesses pessoais em detrimento dos interesses da sociedade que o elegeu dizendo que o Movimento Teatral vai ter que articular com ele e aceitar a sua pré candidatura a vereança pelo Partido dos Trabalhadores, caso contrário, irá votar sempre contra as propostas do Movimento Teatral e portanto contra a sociedade civil.
O Movimento Teatral da Baixada Santista afirma ser apartidário e luta pelas políticas públicas de cultura de interesse da sociedade civil, dos artistas e produtores locais. Não vamos nos render a chantagens e políticas sujas e lamentamos que interesses pessoais e a desvantagem nas cadeiras já estejam pautando o Conselho de Cultura de Santos, justamente no biênio em que será criado o Plano Municipal de Cultura para os próximos 10 anos.

Movimento Teatral da Baixada Santista.

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